
A respecagem da Copa Davis entre Brasil e Áustria aconteceu neste fim de semana. O Brasil perdeu, algo já esperado, principalmente após a saída de Marcelo Melo, até então n° 25 do ranking mundial de duplas e responsável, junto com André Sá, pelos melhores resultados brasileiros no ano ao chegarem à semifinal de Wimbledon, às quartas do US Open e ao título de Estoril.
Para o fatídico confronto, o capitão Chico Costa contou com Sá, Mello - o Ricardo -, Guga e Thomaz Bellucci. Placar final: 4 a 1 para os decendentes dos Habsburgos.
Do confronto, o novato Bellucci, que nunca disputou um torneio do nível ATP, acabou sendo ao menos não decepcionou, dificultando cada set para o experiente Melzer. Já Ricardo Mello, alçado a líder, foi mal na seqüência e levou um passeio de Koubek. Nas duplas, Sá e Gustavo Kuerten também deixaram a desejar e foram atropelados por Melzer e Julien Knowle.
No último dia, André Sá venceu o veterano Werner Eschauer por 2 sets a 0, com 6/4 e 6/3. Mello perdeu para Jurgen Melzer por 3/6, 6/4 e 7/5.
Hoje, segunda-feira Melo foi afastado das quadras do circuito profissional até o dia 09 de novembro por ter ingerido Isometepteno, uma substância proibida pelas regras da entidade e encontrada no medicamento Neosaldina.
Triste a situação do tênis nacional. Dez anos após a brlilhante vitória de Guga em Roland Garros, o esporte da raquete vê um horizonte negro adiante. Thomaz Bellucci parece surgir como uma esperança de resultados aceitáveis no circuito mundial, assim como Ricardo Mello, o último brasileiro a vencer um torneio ATP, como Flávio Saretta, como André Sá.
A saída para o tênis brasileiro chegar a um nível aceitável para um país de 190 milhões de habitantes é o mesmo que todo esporte deve ter para chegar a resultados expressivos: expandir o número de pessoas que tenham a oportunidade de pratica-lo. Algo difícil se considerarmos que durante o período de maior exposição da modadalidade, a era Guga, pouco foi feito para tirar da estrutura clubística a "posse" do tênis. Mantendo-o distante de boa parte das pessoas.
O futebol é o que é, ao menos no número de bons jogadores, pelo fato de ser uma modalidade de fácil acesso. O tênis, obviamente, é um esporte com características diferentes, materiais diferentes e número de jogadores diferentes; porém não conheço nenhuma praça ou parque público que tenha uma quadra. Já ouvi diversas vezes que um entrave para o tênis é o fato de necessitar de materiais caros. É verdade que materiais de alta qualidade são inacessíveis para a maioria da população, mas não é esperado que a iniciação esportiva seja feita com raquetes Wilson. Aquelas raquetes de plástico e bolinhas de borracha são o caminho para fazer muitas crianças sonharem que são um Federer, um Nadal, uma Sharapova.
Sonhar com a possibilidade de chegar ao alto nível é o primeiro passo para alcançá-lo. Quanto maior o número de pessoas com esse sonho, maior a possibilidade de um chegar lá e, no futuro, servir de inspiração para que, quem sabe, ao invés de sonhar em ser um Nadal, um Federer, uma Henin, sonhem em ser um João, um Marcelo, uma Marta...
Um comentário:
Tá foda!!!
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