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Começo a escrever às 15 horas e 46 minnutos do dia 26 (quinta-feira) de julho de 2007. Nesse instante o Brasil está no segundo lugar do quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos com 35 medalhas de ouro, 28 de prata e 49 de bronze. Estamos a frente de Cuba, conforme o Galvão Bueno, o Luciano do Valle e outros adoram citar a qualquer oportunidade. Os cubanos têm o mesmo número de medalhas douradas, porém menos de prata e de bronze.
A imprensa nacional tem adorado comparar o desempenho dos atletas tupiniquins. Passar Cuba é encarado como um grande feito, dado a representatividade esportiva da ilha comandado por Castro, atualmente o Raul, sempre com Fidel como símbolo maior.
Concordo que ficar a frente da potência esportiva caribenha é algo a se considerar. Porém, desde o fim da URSS, Cuba vem perdendo suas condições de investir no ESPORTE, bem como nas outras áreas, como saúde e educação; quadro que pode ser demonstrado pelo desempenho cubano nos Pans. Desde Havana/91, seu número total de medalhas vem caindo, sendo que o número era anteriormente crescente após a Revolução de 1959.
Galvão e seus colegas fãs do ufanismo, ao comparar as duas nações, esquecem-se de analisar outros dados. Verificando a área dos dois, temos que a área brasiliras é apenas cerca de 77 vezes maior que a cubana, a população é aproximadamente 16 vezes maior e o PIB (Produto Interno Bruto) é quase 40 vezes superior (os dados podem ser conferidos em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil e em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cuba).
Tudo conspira contra Cuba, a oferta de dinheiro, a área para desenvolver o ESPORTE e a oferta de material humano para descobrir grandes atletas. Quem sabe caso o COB e o Ministério do Esporte dessem uma olhada no modelo esportivo cubano e criassem formas de os milhões de brasileirinhos e brasileirinhas terem acesso ao ESPORTE não ficariamos nesta irritante besteira da grandeza que é superar Cuba e pudessemos bater de frente com a delegação B dos Estados Unidos, que costuma disputar os Jogos Pan-Americanos.